sábado, 1 de maio de 2010

Seminário "Milton Santos" – Vida e Obra




Data: 04/05/2010 -
Horário: 14h30
Local: Plenário 10 – Anexo II
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DF

O Seminário Milton Santos - Vida e Obra é uma promoção da Comissão de Educação e Cultura, a
partir de Requerimento apresentado pela Deputada Lídice da Mata (PSB-BA), em homenagem ao geógrafo e cientista baiano.
O objetivo central do evento é discutir e analisar a obra e o pensamento de um dos mais importantes intelectuais brasileiros sob as perspectivas da teoria geográfica, da globalização, da negritude, levando em conta os seus aspectos econômicos, políticos e sociais.
Tarefa a qual estará a cargo de professores e cientistas consagrados nacionalmente que, além terem convivido de perto com o homenageado, são estudiosos permanentes de sua obra.

P R O G R A M A Ç Ã O

14h30 Abertura Solene

Deputado Michel Temer – Presidente da Câmara dos Deputados/Deputado Angelo Vanhoni Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados/Deputada Lídice da
Mata – Autora do Requerimento/Senadora Fátima Cleide – Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal/Ministro da Cultura Juca Ferreira/Representante do Governador do Estado da Bahia - Jaques Wagner

14h30 Palestrantes;

Tema 1 Milton Santos: O Homem e Intelectual.
Fernando Costa da Conceição
Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com graduação em Comunicação Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (1986), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2001). Biógrafo Oficial da obra de Milton Santos coordena o grupo de pesquisa: Permanecer Milton Santos

Tema 2: Milton Santos: A Obra Revolucionário de Milton Santos – Teoria Geográfica, Globalização e Terceiro Mundo.
Aldo Aloísio Dantas
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Mestrado e Doutorado em Geografia Humana desenvolvidos na Universidade de São Paulo (USP) com estágio Doutoral
realizado junto à École Normale Supérieure de Paris.

Tema 3: A natureza na obra de Milton Santos
Marília Luiza Peluso
Professora Chefe do Departamento de Geografia da UNB, graduação em Geografia pela
Universidade Federal de Santa Catarina (1962), especialização em Arquitetura e Urbanismo pela
Universidade de Brasília (1978), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de
Brasília (1983) e doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (1998). Atualmente é Professor adjunto da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana. Atuando principalmente nos seguintes temas: habitação, representações sociais, espaço.

15h30 Debatedores

Professor Rafael Sânzio Araújo dos Anjos - Geógrafo, Professor Associado do Departamento
de Geografia da Universidade de Brasília (UnB), Diretor do Centro de Cartografia Aplicada e
Informação Geográfica (CIGA)
Sr. Zulu Araújo – Presidente da Fundação Cultural Palmares

16h30 Encerramento

10 comentários:

  1. Qual a importância em se debater um grande pensador? Poucos talvez se dão o trabalho de se se questionar isso, mas se trata de uma questão de grande relevância.
    Opinar sobre um fato qualquer, por menos que entendamos dele, é algo fácil e amplamente praticado por qualquer um que tenha desejo de fazê-lo. Realmente, tratar de um objeto e efetivamente aprofundar sobre o tema, é algo muito mais raro do que parece. São poucos, infelizmente, aqueles que se dão o trabalho de pensar, o que valoriza ainda mais o trabalho desses verdadeiros heróis de que a humanidade dispõe.
    Milton Santos foi um desses homens, a ele podemos atribuir grandes feitos e dele podemos extrair inúmeros bons pensamentos sobre problemas reais presentes em nosso dia a dia. O que seria tão importante de estudar quanto as pessoas e o espaço onde elas vivem, a forma como elas relacionam com o ambiente, suas necessidades e os modos possíveis de satisfazê-las? De várias formas, acredito eu, Milton Santos, fez isso.
    No dia de ontem, em uma grande iniciativa, o autor desse blog contribuiu no sentido de instigar as pessoas a refletirem sobre a Vida e Obra de Milton Santos.
    Este seminário onde pôde-se lembrar este grande intelectual e discutir formas possíveis de melhorar o mundo em que vivemos, independente de qual dimensão, a partir das idéias de alguém que, felizmente, se deu o trabalho de pensar.

    Mateus Rennó
    Mestrando em Sociologia.

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  2. Qual a importância em se debater um grande pensador? Poucos talvez se dão o trabalho de se se questionar isso, mas se trata de uma questão de grande relevância.
    Opinar sobre um fato qualquer, por menos que entendamos dele, é algo fácil e amplamente praticado por qualquer um que tenha desejo de fazê-lo. Realmente, tratar de um objeto e efetivamente aprofundar sobre o tema, é algo muito mais raro do que parece. São poucos, infelizmente, aqueles que se dão o trabalho de pensar, o que valoriza ainda mais o trabalho desses verdadeiros heróis de que a humanidade dispõe.
    Milton Santos foi um desses homens, a ele podemos atribuir grandes feitos e dele podemos extrair inúmeros bons pensamentos sobre problemas reais presentes em nosso dia a dia. O que seria tão importante de estudar quanto as pessoas e o espaço onde elas vivem, a forma como elas relacionam com o ambiente, suas necessidades e os modos possíveis de satisfazê-las? De várias formas, acredito eu, Milton Santos, fez isso.
    No dia de ontem, em uma grande iniciativa, o autor desse blog contribuiu no sentido de instigar as pessoas a refletirem sobre a Vida e Obra de Milton Santos.
    Este seminário onde pôde-se lembrar este grande intelectual e discutir formas possíveis de melhorar o mundo em que vivemos, independente de qual dimensão, a partir das idéias de alguém que, felizmente, se deu o trabalho de pensar.

    Mateus Rennó
    Mestrando em Sociologia.

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  3. O ícone Milton Santos

    A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados realizou no último dia 04, o Seminário MILTON SANTOS – VIDA E OBRA, a partir de Requerimento apresentado pela Deputada Lídice da Mata, em homenagem ao geógrafo e cientista baiano. O Evento contou com a participação de uma platéia seleta, entre parlamentares, professores, estudantes da UnB e estudiosos permanentes de sua obra.

    O objetivo principal do Encontro foi discutir e analisar a obra e o pensamento de um dos mais importantes intelectuais brasileiros sob as perspectivas da teoria geográfica, da globalização, da negritude, levando em conta os seus aspectos econômicos, políticos e sociais.

    Dentre os conferencistas, deve-se destacar a participação de Fernando Costa da Conceição (Professor da Universidade Federal da Bahia – UFBA e Biógrafo Oficial da obra de Milton Santos), Aldo Aloísio Dantas (Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN), Marília Luiza Peluzo (Professora Chefe do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília - UnB) e a Senadora Fátima Cleide (Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal).

    Para a organizadora do Seminário Deputada Lídice da Mata, Milton foi um exemplo, “um brasileiro negro que não só superou preconceitos de cor e de classe social, mas que também foi pioneiro na análise crítica da globalização e suas conseqüências desiguais para grande parcela da população mundial”.

    Os seus ensinamentos trouxeram uma visão mais humana da Geografia e, sobretudo, uma visão crítica de que a Geografia não é só acidente geográfico. Ele deu uma abordagem inovadora sobre o conceito de espaço, de território onde todos se encontram, com novas tecnologias, com novas características para se tornar um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações.

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  4. Sem dúvida, Milton Santos foi um homem à frente de seu tempo. Ele nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 1926 para entrar para a história. Aos 13 anos já dava aulas de matemática. Aos 15, passou a lecionar Geografia. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), chegando a ser eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Formou-se em Direito em 1948. Em Ilhéus, foi professor catedrático no Colégio Municipal, tendo também, se dedicado à atividade jornalística, estreitando sua amizade com políticos de esquerda. Em Salvador, tornou-se professor na Faculdade Católica de Filosofia e editoria lista do Jornal “A Tarde”, onde publicou diversos artigos de Geografia. Em 1958, concluiu doutorado (com a tese “O Centro da Cidade de Salvador”) na Universidade de Estrasburgo (França). Tendo viajado pela Europa e pela África, publicou em 1960 o estudo “Mariana em Preto e Branco”. Ao regressar ao Brasil, criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais na Universidade Federal da Bahia. Em 1961, o Presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil, tendo viajado a Cuba com a comitiva presidencial, o que lhe valeu registro nos órgãos de segurança nacional. Com o Golpe militar de 1964, Milton Santos foi preso e exilado por 13 anos. Nesse período, como convidado, ele lecionou durante três anos na Universidade de Toulouse (França). Na década de 1970 estudou e trabalhou em Universidades no Peru, na Venezuela e nos Estados Unidos, onde foi pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT). No MIT trabalhou em sua grande obra “O Espaço Dividido”, considerado um clássico mundial, onde ele desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos. Retornou ao Brasil em 1977, quando publicou a obra “Por uma Geografia Nova”. Anos depois galgou o posto de professor da Universidade de São Paulo (USP). Embora pouco conhecido fora do meio acadêmico, Santos alcançou reconhecimento internacional, tendo recebido, em 1994, o Prêmio VAUTRIN LUD, conferido por universidades de 50 países.

    Ao finalizar, dedico este artigo aos geógrafos de Mato Grosso na pessoa do Professor Geraldo Ferreira Gomes (UFMT), que teve alguns momentos de convívio com o seu grande mestre. Em Cuiabá, durante a brilhante palestra que ele realizou na UFMT. E em Fortaleza, por ocasião da realização do Congresso Nacional da Associação Brasileira de Geógrafos (ABG), onde o professor Geraldo testemunhou todo o vigor de Santos no embate com os paladinos da geografia quantitativa.



    *VICENTE VUOLO é cuiabano, economista formado pela Universidade de Brasília e ex-vereador de Cuiabá

    vvuolo@senado.gov.br

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  5. Minha conterrânea primeira presidente Eleita do Brasil Dilma Roussef, que tem um passado belíssimo, nós mineiros temos uma história de grandeza de solidariedade e de virtude. Somos uma comunidade quilombola Buriti do Meio, no município de São Francisco Minas Gerais, fomos reconhecido pelo presidente da república Luiz Inácio da Silva. Sabemos que o projeto de transposição do Rio São Francisco agrega no seu projeto, a parte humanística de cuidar da população ribeirinha dos 08 estados brasileiros, nós que somos uma comunidade quilombola temos autoridade de resgatar projetos de gestão e de apoio a qualidade de vida dessas populações, nem só nossa do quilombo. Somos 150 famílias, 750 pessoas na comunidade esperamos uma visita de Sua Exª na nossa comunidade e de mãos dadas juntos somos vitoriosos.

    Para contato:
    e-mail: quilomboburitidomeio@gmail.com
    claudim.inclusaodigital@gmail.com
    Fone:(38)9977-5669

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  6. Boletim Semanal do Dep. DOMINGOS DUTRA (PT/MA)

    Companheiros e Companheiras,
    No Boletim desta semana trato da eterna luta dos quilombolas para que seus direitos sejam respeitados, da fraude na UEMA e a aprovação de requerimento para reparar danos ocasionados pela Vale do Rio Doce. A segurança nas usinas nucleares também é assunto deste nosso encontro semanal. E as notícias são boas: foi aprovada audiência, sugerida por mim, para tratarmos deste assunto com seriedade! Homenageio o grande político e amigo Vice-Presidente José Alencar que nos deixou na manhã de hoje, dia 29.
    Segue o boletim anexo.
    Justiça se faz na luta!”
    DEP. DOMINGOS DUTRA (PT/MA)

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  7. Meus caros colegas estudantes. O futuro do nosso país nos pertence. Os nossos pais dedicaram o seu dia dia de trabalho com a sua contribuição de impostos para manter o estado brasileiro, no entanto as políticas públicas não observam as necessidades da nossa população em especial a infra-estrutura e habitação. As nossas escolas estão deterioradas em sua maioria situadas em locais pobres, ou seja, não há escolas públicas de qualidade. Com isso as nossas populações negras e indígenas são as mais atingidas dentro da estrutura do poder. Como estamos no Ano dos Afrodescendentes criado pela ONU o qual é uma convocação da sociedade e do estado brasileiro no resgate da cidadania destes. Este é meu apelo como estudante de engenharia florestal e como membro da sociedade brasileira.
    juntos por um país melhor e mais humano.

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  8. Influência de Milton Santos é percebida em Colóquio
    Geógrafo baiano afirmava que a globalização servia ao capital financeiro e propunha outra globalização, a globalização de todos. Esta e outras teorias do pesquisador foram observadas durante o III Colóquio Milton Santos, que aconteceu em junho na Ufba e no Instituto Anísio Teixeira
    Geógrafo influente, Milton Santos recriou conceitos chave para várias pesquisas científicas, que abrangem, não só o campo da geografia e sua área de atuação, mas como vários campos das ciências sociais. As teorias do pesquisador foram observadas durante o III Colóquio Milton Santos, que aconteceu nos dias 6 e 7 de junho, na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e no Instituto Anísio Teixeira em Salvador.
    A importância dos conceitos de Milton foi relembrada nas apresentações dos pesquisadores durante o evento, que contava não só com a presença de estudante de graduação de diversos cursos, mas com pessoas desvinculadas com a área acadêmica. Foi o caso do corretor de imóveis, Waldimiro de Souza: “Milton Santos via a geografia como um projeto político para a humanidade, muitos dos seus conceitos deveriam ser aproveitados pelo governo para um grande projeto social”, relembra.
    As mesas centrais dos artigos apresentados durante a tarde de 7 de junho, na Faculdade de Comunicação da Ufba, tinham como base conceitos do homenageado e debatiam os seguintes temas: “Transformações do Espaço Geográfico”; “Novas Tecnologias e Sociabilidade”; “Políticas Públicas orientadas à Cultura”; “Sou Camelô, Sou do Mercado Informal (cultura e mercado)”.
    Os Pontos centrais nas discussões das pesquisas apresentadas no segundo dia do Colóquio, foram as noções de Território, Espaço Geográfico e Globalização de Santos. Para o geógrafo baiano, o conceito de espaço geográfico é indispensável para compreender o mundo presente.
    Formado por aspectos estruturantes, imagens de satélite e pelas ações humanas, o espaço geográfico vive em permanente mudança e é entendido como uma mediação entre o mundo e a sociedade. Segundo Milton Santos, o conceito de território é inseparável das interferências dos seres humanos.
    Contrapondo a ideia de espaço geográfico, Milton Santos afirmava que paisagem era um sistema imutável, que juntava objetos do passado e do presente. Ainda sobre o espaço geográfico, o pensador afirmava que lugar “Lugar constitui a dimensão da existência que se manifesta através de um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas, instituições–cooperação e conflito são a base da vida em comum”.

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  9. Como estudioso do espaço, ele afirmava que a globalização servia ao capital financeiro e propunha outra globalização, a globalização de todos. Mas ao contrário do que muitos pensavam, Milton Santos dizia que a globalização não cria uma homogeneização cultural, afirmava que ao contrário disto o lugar convive com a “razão global” e a “razão local”, então seria necessário estudar os lugares e seus elementos centrais para se compreender as possibilidades de interação.

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