O blog onegronobrasil1980.blogspot.com apresenta o trabalho realizado pela Escola Municipal Professor Milton Santos situada em Valéria-Salvador Bahia ao Brasil e ao Mundo. Esse texto representa a interação entre o trabalho realizado por Milton Santos e os alunos de população carente desta escola, desde o jardim de infância até o ensino fundamental, sendo assim uma provocação ao mundo acadêmico e científico. Uma louvável atitude desta escola! Isto é uma convocação às Nações Unidas, aos países, às Universidades aonde Milton Santos contribuiu com seu trabalho de professor, cientista e investigador onde deixou uma proposta política de valorização das pessoas e do ser humano. Proponho uma iniciativa de participação e solidariedade nesta escola única, que entende e compreende o pensamento de Milton Santos contra o pensamento hegemônico de autores exclusivos. CONTRIBUA e participe do resgate ao laboratório de geomorfologia e Estudos Regionais.
A Escola Municipal Professor Milton Santos, situada no Jardim Terra Nova, Villages Inema, Maré, ltaparica, s/n° - Valéria, Salvador, Bahia, mantém os cursos de Educação Infantil (Pré-Escolar) e Ensino Fundamental, sendo mantida pelo Poder Público Municipal e criada no ato n° 078/2002 - Diário Oficial do Município de 18/03/2002 e Alteração da denominação de Escola Municipal de Valeria para Escola Municipal Professor Milton Santos, conforme Portaria número 183/2003- Diário Oficial do Município de 17 a 22/04/2003.
O nome do patrono Professor Milton Santos, foi colocado para homenageá-lo, por se tratar de um estudioso geógrafo baiano de projeção internacional, autor consagrado de dezenas de livros, estudioso e critico do fenômeno da globalização, que exerceu com autonomia e grandeza o oficio intelectual.
"Jornalista, advogado, geógrafo, Milton Santos nasceu em Rio de Contas, em 1928. Baiano de projeção internacional, foi ganhador do Voutrin Lud, equivalente ao Nobel de Geografia. Doutor Honoris Causa da UFBA, revolucionou o ensino da Geografia a partir do Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, montado na época do Reitor Edgar Santos, em 1959. Autor consagrado de dezenas de livros, estudioso e critico do fenômeno da globalização, exerceu com autonomia e grandeza o ofício Intelectual. Milton Santos morreu em 21 de junho de 2001, na cidade de São Paulo. "
A Escola Municipal Professor Milton Santos foi inaugurada no dia 28 de abril de 2003, passando a funcionar em dois turnos de trabalho – o matutino e o vespertino. Suas instalações contavam com: oito salas de aula, uma secretaria, um refeitório, uma cantina, uma biblioteca, um laboratório de informática, uma diretoria, uma sala de professores e quatro banheiros.
Já em sua inauguração foi constatado que a nossa Escola não atenderia a demanda do bairro de Valeria, o que começou a gerar movimentos constantes de busca por matriculas, apesar da lotação já estar esgotada. Apesar desse fato, notamos que alguns alunos matriculados Rio freqüentavam as aulas regularmente, motivados em sua maioria pelo retorno dos pais as cidades de origem ou, pela falta de recursos para se destocarem ate a escola devido a distância de suas moradias.
Na sua fundação, a escola teve como diretor nomeado pro-têmpore, O professor Leonildo Costa Caldas, pioneiro nos trabalhos realizados por esta escola, vindo a ser reafirmado na posição de diretor na primeira eleição para a escolha da equipe de gestão, realizada ainda no ano de 2003. O processo eletivo deu-se por meio do voto direto e contou com a participação do corpo docente, funcionários e pais de alunos, deixando de ter representante do corpo discente, em razão da pouca idade de nossos alunos. A chapa única liderada pelo professor Leonildo Costa Caldas não teve candidato a vice-direção por falta de professor habilitado (concursado e com mais de seis meses na unidade escolar), obteve o total de votos necessários para ser eleita, dando continuidade a gestão. A partir de fevereiro de 2004, passou a assumir a vice-direção turno vespertino a professora Marlene Maria Joazeiro de Souza nomeada pró-têmpore, por indicação do gestor da Unidade.
Atualmente a Unidade Escolar é dirigida pela Professora Ana Lúcia Caribé, que assumiu a direção da escola em janeiro de 2006, tendo como vice-diretoras as Professoras Niraildes e - do turno matutino, e Eliete Caribé - do turno vespertino. A escola atualmente conta também com algumas turmas do ProJovem, programa do Governo Federal que conta com auxílio do município de Salvador.
Quilombos e o direito à terra
ResponderExcluirBárbara Oliveira Souza
A questão quilombola esteve presente, do ponto de vista legal, tanto no regime colonial como no imperial.No período republicano, a partir de 1889, o termo "quilombo" desaparece da base legal brasileira e reaparece na Constituição Federal (CF) de 1988 (artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) como categoria de acesso a direitos, numa perspectiva de sobrevivência, dando aos quilombos o caráter de "remanescentes". Transcorrem assim 100 anos entre a abolição e o reconhecimento dos direitos territoriais das comunidades quilombolas.
A Constituição de 1988 opera uma inversão de valores em comparação com a legislação colonial, uma vez que a categoria legal por meio da qual se classificava quilombo como um crime passou a ser considerada como categoria de autodefinição, voltada para reparar danos e acessar direitos. A partir do artigo 68 da CF e das legislações correlatas [artigos 215 e 216 da CF; Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); Decreto 4.887,de 2003; e Decreto 6.040,de 2007] a conceituação das comunidades quilombolas supera a identificação desses grupos sociais por meio de características morfológicas.Tais grupos, portanto, não podem ser identificados pela permanência no tempo de seus signos culturais ou por resquícios que venham a comprovar sua ligação com formas anteriores de existência.
Argumentações teóricas que caminhem nesse sentido implicam numa tentativa de fixação e enrijecimento da caracterização desses grupos. Conceber as comunidades quilombolas a partir dessa perspectiva tem levantado ponderações sobre as manipulações que podem ser empreendidas pelos próprios sujeitos sociais pertencentes a essa identidade étnica.Isto é base, inclusive,para a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) impetrada pelo Partido Democratas (DEM) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Decreto 4.887, que regulamenta a titulação de terras de quilombos e se constitui na perspectiva da autodeclaração da comunidade.
Os interesses contrários aos direitos quilombolas contestam, principalmente, o direito aos territórios das comunidades que, uma vez tituladas, se tornam inalienáveis e coletivas.As terras das comunidades quilombolas cumprem sua função social precípua, dado que sua organização se baseia no uso dos recursos territoriais para a manutenção social, cultural e física do grupo, fora da dimensão comercial. São territórios que contrariam interesses imobiliários, de instituições financeiras, grandes empresas, latifundiários e especuladores de terras. Os conflitos fundiários hoje existentes em comunidades quilombolas envolvem, na maior parte das vezes, esses atores.
O novo marco jurídico da Constituição de 1988 é determinante também para o estabelecimento e a organização do movimento quilombola, em nível nacional, que, a partir da construção de sua identidade étnica, reivindica o seu direito à terra. São poucas as comunidades que alcançaram esse direito.Das 3.554 comunidades quilombolas identificadas pelo governo federal (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2006), pouco mais de 100 possuem o título, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
As dificuldades existentes para efetivar a titulação das terras das comunidades quilombolas refletem a frágil capacidade administrativa da máquina estatal. Todavia, há disputas que superam as limitações administrativas e orçamentárias. São obstáculos explícitos ou não que ajudam a reter o reconhecimento de direitos étnicos pela propriedade definitiva das terras das comunidades quilombolas.Atualmente, a principal luta dos quilombolas se volta para a implementação de seus direitos territoriais. A noção de terra coletiva coloca em crise o modelo de sociedade baseado na propriedade privada como única forma de acesso à terra, instituído desde a Lei das Terras, de 1850. Os novos marcos jurídicos sinalizam para a necessidade de reestruturação, pelo Estado, da lógica agrária a partir do reconhecimento de seu caráter pluriétnico.
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Bárbara Oliveira Souza é pesquisadora associada especializada na
questão quilombola da Universidade de Brasília (UNB)
LEIA A MEMÓRIA DE 2007:Colóquio Milton Santos no Noblat
ResponderExcluirO texto abaixo foi retirado do blog do Ricardo Noblat, um dos mais bem sucedidos jornalistas do país, que mantém um blog sobre política no portal do jornal O Globo
Permanência de Milton Santos
Quando foi anunciada a morte do professor Milton Santos, em um hospital de São Paulo, na tarde de 26 de junho de 2001, eu estava na reitoria da Universidade Federal da Bahia, onde meses antes ele ministrara a aula inaugural mais empolgante que já vi. A fala fora interrompida inúmeras vezes pelos aplausos ardentes de estudantes e mestres que lotavam todas as dependências do auditório do prédio solene do bairro do Canela , invadido esta semana por agentes da Polícia Federal, para retirar alunos que o ocupavam há mais de 40 dias, por desentendimentos com o reitor.
Foi tamanho o impacto causado pela notícia na Bahia e no País inteiro, dentro e fora dos muros da academia, que logo me veio à mente um velho ditado chinês, que diz mais ou menos assim: há mortes que pesam menos que uma pluma, mas há outras que pesam toneladas.
O cidadão geógrafo, como gostava de ser chamado o baiano de Brotas de Macaúbas ganhador do Prêmio Vautrin Lud (espécie de Nobel da Geografia), enquadra-se seguramente no segundo caso. Milton Santos, no entanto, vai muito além. Ele faz parte de rara galeria de personalidades para as quais não existem balanças com capacidade de tonelagem suficiente para medir o peso completo de perdas como a dele. No Brasil atual, essa é uma verdade mais evidente a cada dia.
Na próxima semana, dia 23, Salvador será a sede do "Colóquio Milton Santos", promovido em conjunto pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT) e o grupo Permaner Milton Santos da Faculdade de Comunicação da UFBA, onde seguramente o fenômeno se evidenciará de novo. Haverá, é certo, um toque de saudade no campus, como é de praxe em território de tanta influência ibérica. Mas, seguramente, o que prevalecerá nas exposições e debates é o notável sentido de atualidade e permanência de tudo que Milton Santos falou, ensinou e defendeu do começo ao fim de uma existência invulgar.
Professores e pesquisadores como Samira Peduti, da Unesp; Marcio Antonio Cataia, da Unicamp; Maria Auxiliadora da Silva e Clímaco Dias (IGEO-UFBA) , estão entre os principais expositores e debatedores do pensamento de Milton Santos nesse Colóquio na terra do geógrafo, que tem dívidas impagáveis com a sua memória. Assim como a UFBA, a universidade onde ele estudou, ensinou e ajudou a projetar, mas de onde foi arrancado da cátedra para a cadeia em tempos temerários e forçado a buscar asilo fora do país para continuar ensinando e para manter a família com a dignidade de que jamais abriu mão.
MS, como registra a professora Maria Adélia da Souza, foi um exilado político, mas, ao contrário de muitos, nunca tirou proveito disso: “jamais se comportou como vitrine do regime militar”. Comeu o pão que o diabo amassou para se estabelecer e principalmente para reingressar na vida e nas universidades brasileiras. De volta do exílio, detentor do maior prêmio mundial da geografia, “Milton se instala não como herói que volta carregado nos braços do povo. Difícil, cautelosa e profundamente vai se impondo como um dos principais pensadores e intelectuais brasileiros”, resume Maria Adélia.
Apesar da profundidade e da complexidade do seu pensamento, MS tinha extraordinária capacidade de comunicação e de amplificar o alcance e a absorção de suas idéias e propostas para um público inimaginável, muito além dos jardins da academia. Quem não recorda da espantosa repercussão da entrevista ao programa Roda Viva, em 1998, três anos antes da sua morte?
Naquela noite, registram jornais e acadêmicos seguidores de MS, todas as linhas telefônicas da emissora, em São Paulo, ficaram congestionadas, com ligações feitas de todas as partes do País. Eram pessoas emocionadas, que queriam fazer perguntas ou simplesmente agradecer pelo programa que acabavam de assistir. É isso o que também se projeta, por exemplo, no público que assiste ao documentário cinematográfico de Silvio Tendler, produzido a partir da última entrevista do professor ao cineasta.
O Colóquio do dia 23, na capital baiana, tem como um dos principais responsáveis o professor de Comunicação da UFBA e amigo pessoal, Fernando Conceição, a quem Milton Santos autorizou escrever a sua biografia antes de morrer. Os depoimentos serão elementos preciosos para o trabalho e os debates irão girar em torno de três temas fundamentais na obra e na vida do mestre brasileiro: educação, comunicação e globalização.
Em cada um deles, MS fincou marcas decisivas de quem não se cansava de proclamar que o intelectual existe para causar desconforto, é esse o seu papel, e ele tem que ser bastante forte sozinho para exerce-lo. Pouco antes de partir, ele afirmou: “Não há nenhum país mais necessitado de verdadeiros intelectuais, no sentido que dei a essa palavra, do que o Brasil”.
Seis anos depois do seu desaparecimento, a sentença de Milton Santos ainda queima como brasa acesa.
Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail: vitors.h@uol.com.br
BRANCO CUIDADO: DEUS PODE SER NEGRO
ResponderExcluirDeus me dê sabedoria
Rima, fé, inspiração
Pra poder dar um recado
Protestar e dizer não,
No campo e na cidade
Macula a humanidade:
A famosa escravidão.
Há outra coisa gravíssima
Entre cristãos e ateus:
Em busca da "raça" pura
Arianos eram os seus
Veio Hitler com nazismo
Criando um novo racismo
Agora contra os judeus!
De modo, que se o mundo
Hoje amar a verdade
Acha tal mancha histórica
Danosa a sociedade
Pérfida, soez e tamanha,
Que talvez seja a vergonha
Pior da humanidade.
Porém, quero me ater
No tema do negrófilo
Que por conta do racismo
Nunca ele viveu tranqüilo,
Mas, humilhado, agredido,
Renegado e excluído,
O negro é sem sigilo!
Assim sendo, para o fato
Dos negros, eu lhe remeto
Eles têm sofrido muito
Numa nação cheia de gueto
O branco lhe detratou
Mas, nunca se perguntou
Se Deus Pai do céu é preto?
Negro foi mercadoria
Perseguido e maltratado
Até mesmo a Igreja,
Já ousou ter afirmado
Sem sobrosso e com calma
"O negro não tem nem alma"
E pode ser explorado!
Por isso, quem era branco
Tratou de escravizar
Disse: negro não é gente
Então vamos lhe explorar
E assim a escravidão
Teve início então,
Mas, demorou terminar.
O Brasil por uns três séculos
Espoliou essa gente
E mesmo, após libertada
Inda sofre atualmente
As marcas do preconceito
Dum país muito mal feito
E uma história indecente.
Eles foram explorados
Até por religião
Quem devia justamente
Lutar por libertação
De quem vivia no chicote
Apanhando de magote
Sem nenhuma precisão.
Se Deus fosse negro e assim
Agisse como um feroz
O branco por certo iria
Ser tratado como algoz
E Deus inda ia falar
Você veio pra pagar
O mal feito a todos nós!
Deus sendo, negro e fosse,
Castigador, vingativo
Iria cobrar dos brancos
Pelo seu mal destrutivo
Contra etnia e cor
Levando branco ao sabor
Do que é ser um cativo.
É bom o branco pensar
E deixar qualquer racismo
Preconceito não constrói
É contra o altruísmo
E latente à exclusão,
Embora digam que não
Extrapolando o cinismo.
Se Deus for negro irá
Tratar todos com amor
Até o branco cruel
Terrível e opressor
Pra lhe dá uma lição
De que nem à escravidão
Lhe tornou um vingador.
Aviso ao patrão branco
Não insista em explorar
E ao empregado negro
Comece logo a pagar
O salário do brancão
Negro com igual função
Igualzinho tem de ganhar.
Sugiro ao político branco
Pensar mais e com firmeza
Na classe negra oprimida
Mergulhada na tristeza
Pois, nesse solo altaneiro
Nosso negro brasileiro
Sofre mais com a pobreza.
Embora o racismo seja
Um crime nesta nação
Não há se quer um só preso
Sendo que a transgressão
Acontece toda hora
Se preso, logo cai fora
Pagando a libertação.
Desembargador, juiz
É bom à lei praticar
Deixem de hipocrisia
E tratem de trabalhar
Para punir quem transgride
E quem no crime incide,
Pague de forma exemplar.
Veio cota em faculdade
Precisava muito disso
Pois, o governo não tinha
Com o negro compromisso
E a cota tem por razão
Promover a inclusão
Porém, não basta só isso.
Tem de lhe dá condição
E toda infraestrutura
Cursinhos pra prepará-los,
De graça, e à sua altura
O negro de ginga é nato
E recebendo esse trato,
Aumentará sua cultura.
Se Deus fosse algum víndice
No tempo da escravidão
Teria agido na hora
Contra a vil exploração:
Ao negro salvaria
E o branco aprenderia
Com uma única lição.
Sem descanso no trabalho
Por um feitor, vigiados
Quando estavam doentes
Trabalhar eram obrigados
Mandados pelos colonos
Feitos na marra seus donos
Além disso, maltratadas.
Em relação, aos brancos
O negro pouco pecou
Se num momento de "briga"
Um negro um branco matou
Foi para se defender
Quem fez, se, se arrepender,
Deus Pai já o perdoou.
O Brasil carregará
Na sua história, à sina
De racista, escravocrata
Exploradora, assassina
E foi a última nação
A dá a libertação
Em toda América Latina.
O Apartheid na África
É outro grave pecado
O negro em sua pátria
Torpemente segregado
E quanto mais se investiga
Não se encontra um que diga
Que por isso é o culpado.
Por isso, branco respeite
Toda nossa negritude
Que tem direito a lazer
Emprego, paz e saúde,
Entretanto, o ocorrido
É negro ser agredido
De forma torpe e rude!
Se Deus é negro ou branco
Sua lei não é imposta
Só sei que de humilhação
Ele é bom e não gosta
E há de vir socorrer
Ao ver um negro sofrer
Nisso até faço uma aposta!
Deus criou o ser humano
Para completa igualdade
De modo, que todos têm,
A mesma dignidade
E quem a isso ferir
Há de pagar e sentir
Por tamanha crueldade.
Jesus Cristo ao certo tinha
Seu corpo do sol queimado
Tratou todos igualmente
A ninguém deixou de lado
Então peço a toda gente
Pra Ele daqui pra frente
Ser por nós mais imitado!
O negro é uma criatura
Digna, sábia, preparada
Igual a qualquer humano
Sendo a imagem criada
Do nosso Deus, semelhante,
Branco não seja arrogante
Pois, cor não quer dizer nada.
Deus não gosta de racismo,
Porque foge da razão
E faz o negro sofrer
Vítima de tanta agressão
Branco, por Deus compreenda,
E rapidamente aprenda:
Já chega de divisão!
Raça só existe uma
Somos nós, seres humanos
Índio, negro é etnia
Vamos deixar os enganos
Para haver fraternidade
Os negros da humanidade
Esperam isso há anos!
A cor de Deus não importa
Ele jamais vai mudar
Deus Pai nunca deu direito
Para ninguém explorar
Qualquer outro cidadão
Porque ele é seu irmão
E Deus só mandou lhe amar.
Varneci Santos do Nascimento
O Mania de História congratula-se e parabeniza a todos aqueles e aquelas que fazem este blog em reconhecimento a um dos maiores intelectuais que o Brasil já produziu. E propomos, uma troca de consultas e pesquisas, adicionando nossos endereços em nossos respectivos blogs.
ResponderExcluirAguardo retorno de confirmação ou não!!!
Segundo o pai do liberalismo, há um egoísmo latente em todo o ser humano. Egoísmo este, notado na necessidade inerente da troca de produtos e busca por melhores condições de vida. Claro que soa como qualidade, como combustível para o progresso. E como efeito, as relações sociais tenderiam a se equilibrar como resultado do conflito de egoísmos, que naturalmente acabariam por colaborar com o desenvolvimento da sociedade.
ResponderExcluirPorém, à época de Smith não existiam monopólios que não fossem as grandes administrações públicas. O que se entendia por disputa saudável por crescimento nem de longe se compara às regras do atual jogo econômico. Estes monopólios são a prova de que não existem formas de se controlar este egoísmo. Esta estrutura de captação de produção excedente congela a possibilidade real de crescimento. O egoísmo os leva a criar sistemas de proteção entre uns poucos conglomerados dominantes, não permitindo que as mesmas oportunidades se estendam até os representantes do setor primário, por exemplo.
A perversidade mora na máxima liberal de que todos possuem oportunidades iguais, e que o valor-trabalho é o que determina o sucesso, mediante a quantidade e qualidade de seu esforço. Os exemplos dos bem sucedidos explorados pela indústria cultural se aproveitam de nossa herança iconocrata para vender o modelo a ser seguido. Porém, como as barreiras para alcançar o mesmo degrau são ocultas, cada vez mais seus seguidores lançam-se a uma luta sem tréguas e com fim incerto, em procura da vitória econômica.
Com o tempo, a razão tenta mostrar quão intangíveis são as metas pessoais e egoístas criadas pelo senso comum. Mas não damos ouvido à razão. Somos educados a não refletir e nem contestar os meandros do processo de incremento comercial, político e legal. E pela emoção, levamos esta disputa de egos aos níveis mais simples e básicos do comportamento social. Sem acesso a novos cargos e novos salários, a fome de vitória individual implantada pelo comportamento liberal nos faz disputar coisas banais, como uma mesa melhor posicionada, prioridade na hora de almoço, uma atenção maior do chefe, a concentração de tarefas, enfim, nos apegamos às maiores trivialidades para sentir o gosto do sucesso.
Daí nasceu um padrão de comportamento que por hora o chamarei de "Ouvido Corporativista". Trata-se de algo relacionado ao funcionário atento, exemplar, que conquista seu cargo, seu espaço e sua segurança e passa a proteger seu reduto, criando um sistema de pesos e medidas entre seus subordinados, fazendo valer sua chefia à partir da consideração e obediência que lhe concedem. Cria-se um sistema onde, de tempos em tempos (às vezes de hora em hora) exerce-se a relação chefe-subalterno por ameaças veladas de retaliação contra um suposto ataque às suas estruturas profissionais.
A cargo de uma rede de informantes cria-se o tal "ouvido". Conversas de corredor, desabafos, críticas construtivas, como quer que se chame a voz do direito de expressão profissional, não estará protegida da covardia dos que tratam a informação alheia a peso de ouro nas balanças morais da justiça cega. Quer forma mais elegante para se explicar a fofoca?
Verbalizar reflexões em um mundo corporativista como o nosso pode ser perigoso. E quando este corporativismo está a cargo do egoísmo liberal... cale a boca! E salve-se para sempre!
A Escola Municipal Miltom Santos agradece pela divulgação e interação desta comunidade escolar de Educação Infantil ao Ensino Fundamental, ao Blog onegronobrasil1980. blogspot.com
ResponderExcluirSolicitamos das Nações Unidas (ONU),OEA,Banco Mundial, Banco Interamericano, BNDS,Ministério da Educação , USP e a editora USP- sÃO Paulo agregar possibilidade de edificação de uma escola modelo em nível mundial de preparação de alunos dentro do conceito legado pela vida e obra de Milton Santos.
Essa Escola precisa dessa parceria de gestão mundial pública e privada.Também solicito apoio do biógrafo profºFernando Conceição da Universidade Federal da Bahia e própria Universidade...
Estamos situados entre favelas, no bairro de Valéria, na rua Jardim Terra Nova-36117905-(071)CEP.41.305.410
esc-pmiltonsantos@salvador.ba.gov
Desde já, agradecemos a parceria em nome de Milton Santos.No livro Pobresa Urbana ele diz:
"A palavra marginal foi criada pelos escritores conservadores latino americanos para manter na prática de governo a escravidão"...
Sendo a população de 82% de negros na Bahia, não estão inclusos na gestão pública e privada.
Este é um apelo a comunidade...!
Vice- diretora profª Oracy Suzarte, formada em pedagogia pela UNEB, onde através das aulas do profº Ilário conheci a obra de Milton Santos ( cientista)
Jorge Luiz Lucas de Paiva, consultor, formado pela AEUDF e com Especialização pela UNB. Caros colegas, professora Oracy e Professor Ilário. Alcançar a proeza de propor, enquanto conteúdo em sala de aula e assumir, como Vice-Diretora a vida e obra de Milton como uma possibilidade de uma Escola modelo para o mundo é muita coragem e visão de futuro. Milton é assim mesmo!!! Faz agente ter coragem sem resmungar... Confio no talento dessa comunidade escolar, irradiando a proposta para o Brasil inteiro.
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