terça-feira, 19 de junho de 2007

A Vida do Negro

A Vida do Negro

Só se pode compreender o negro a partir da sua posição no cosmos. Enquanto perdurar o logicismo e o racionalismo próprios dos europeus e dos norte-americanos (herdeiros no Novo Continente dos modos de pensamento, dos valores e dos conceitos prevalentes nos antigos colonizadores), não se compreenderá o negro.

A história, as ciências, a filosofia e todas as demais províncias do saber humano nos últimos dois mil anos no Ocidente "ignoram" as diversas formas de conhecimento e de cultura existentes na África, "esquecendo", pois era conveniente "esquecer", que uma das formas mais abstratas de raciocínio, a matemática, surgiu no Egito, numa época em que aquele país era muito mais negro do que branco, Seria desnecessário igualmente lembrar a origem dos diversos grupos étni­cos hoje considerados brancos e que tiveram sua origem negra. Por­tanto, a mestiçagem sempre foi um fato incontestável na formação do homem ocidental.

O negro, por sua natureza, é um ser social, gregário, como queria Aristóteles, diferentemente do homem em ocidental que surgiu com e após o Renascimento com fortes traços individualistas, em que o rompimento com o passado recente (a Idade Média) representou também a ruptura dos laços que o ligavam a Deus, Ora, o negro concebendo Deus como uma "vis", isto é, como força, energia, cons­truirá toda uma cosmogonia a partir da manifestação dessa força, presente em todos os seres e todas as formas existenciais, Assim, Deus, a fonte suprema, o início e a origem de tudo, é, também, o fim a que todas as coisas se destinam e se desintegrarão. Neste MOVIMENTO ENERGÉTICO, o negro, notadamente o negro afri­cano, irá valorizar a intuição como método de conhecimento, Cha­mem-na, a intuição, com o nome que se queira dar, mas é no sentido místico - tão bem captado por Bergson e por Chardin - que o negro construiu a sua metafísica, o seu modo de conhecer o ser.

A partir daí, poder-se-á entender a música, a dança, a organi­zação familiar e social, a estrutura econômico-político negro, enfim, compreendê-la como uma manifestação da energia divina, assim como os animais, os vegetais, os minerais, sabendo, contudo, que o homem é a forma de energia ou o ser que pode canalizar todas as energias ao seu criador. O "bem" ou o "mal", depende do uso que se faz dessa energia.

Assim sendo, sem nos aprofundarmos na questão, transpondo os traços da cultura para o Brasil e limitando-nos à realidade brasi­leira pode-se compreender (sem entrar na análise da brutal estrutura sócio-econômico-política que marginalizou o negro durante e após a escravidão) a cordialidade, a paciência, o saber esperar do negro, pois o tempo, ora o tempo, por que falar em tempo? - só existe em função de algum objetivo, e este fim, que pensaram haver des­truído ao dizimarem a República de Palmares, universalizou-se em todo o território brasileiro. O Brasil é hoje um "grande Palmares".

É este Brasil palmares, este Brasil mestiço, que os cientistas so­ciais oficiais teimam em dizer que é uma DEMOCRACIA RACIAL - comentários à parte -, consciente da sua esmagadora maioria jamais deu atenção aos arreganhos dos que pensam ou se supõem ser a maioria étnica deste País. O problema não é saber se o maior contingente humano é formado por brancos, negros, índios (brutali­zados e dizimados), mestiços e outros que a nós se juntaram para formar, construir, para viabilizar, não somente a primeira civilização nos Trópicos, mas, sim a primeira civilização mestiça nos Trópicos. O que interessa ao homem de cor, como alguns pedantes insistem em tratar mais de setenta por cento da população brasileira, é oferecer a sua contribuição ao País, seja nos projetos contingenciais, mas, sobretudo, que se instaure no Brasil uma ordem econômica, social e política que seja a superação do que existe, tanto das diversas for­mas de capitalismo como dos variados socialismos para uma estru­tura sócio-político-econômica em que o homem possa realizar-se plenamente, sem perder as raízes históricas.


Um pronunciamento como o do eminente, humanista, culto e lúcido Senador Itamar Franco, político que honra e ilustra a notável galeria de homens públicos de Minas e do Brasil apoiado por todas as lideranças do Senado da República, não só dignifica o homem político brasileiro, mas é o ponto de partida para o Novo Brasil.

Waldimiro de Souza Líder de Comunidade Negra.

19 comentários:

  1. O Negro no Brasil é um marco histórico. Trago para esse Blog outro acontecimento histórico da luta do povo negro que é o Encontro Nacional Quilombinho, com 120 crianças e adolescentes das comunidades quilombolas. O Encontro é organizado pela CONAQ (Coordenação de Quilombos), Unicef e SEPPIR, em parceria com FCP, M. Saúde, M. do Esporte, Secretaria Nacional de Juventude, M. do Desenvolvimento Social, MEC.
    Sairam matérias na TV Nacional

    http://www.agenciabrasil.gov.br/media/videos/2007/07/04/Quilombinho.flv/view


    http://www.agenciabrasil.gov.br/media/videos/2007/07/03/Encontro_Quilombola.flv/view

    e no Bom Dia DF:

    http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,2940-p-20070703-0,00.html

    Abraço,
    Bárbara

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  2. O Negro no Brasil retrata uma realidade vivida nos anos 80 que perdura até os dias atuais.
    O Pensamento Ocidental, comandados por europeus e estadunidenses, "ignora" os negros, sua cultura, seu valor, seu conhecimento, gerando assim grandes diferenças raciais.
    O Brasil precisa tornar-se de fato um "Grande Palmares", efetivando-se com mestiço nas ideias e igual nas oportunidades.

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  3. Esse texto foi elaborado pelo Advogado: Dr. E. Elias de Oliveira.
    Antes de tudo, é mister ressaltar a importância da cultura negra para nossa pátria. O “blog” apresentado de forma magistral por uma grande figura política, já fez sua história e, continua fazendo. Estou falando de Waldimiro de Souza. Homem que passei a admirá-lo pela sua coragem, dignidade e probidade, sobretudo nos momentos que procura minorar o alvedrio de muitas instituições, em especial, da IURD. Não é perseguição! Tenho certeza! Apenas, através de sua coragem e manifestação oportuna e de forma destemida, pude apreciar no primeiro contato dentro de uma reunião daquela instituição mencionada.
    Acresce dizer que não é dessa instituição que quero tecer comentários, porque os veículos de comunicação, outrora já mostraram a essência maldosa daquela instituição. Eu quero falar de Waldimiro. Farei comentários de seu “blog”, que é importante para toda política sócio-econômica e cultural do país. Aprioristicamente, não se pode deixar de omitir que é um exemplo digno de ser imitado. E seu “blog” deverá assim, o nosso mundo precisa, derramar subsídios para a nação e para toda humanidade, pretérita, atual e ainda a, que há por vir. Em um dos seus parágrafos, demonstra de forma notável, que a África forneceu importância crucial para a cultura do país. Cita Aristotéles, filósofo, um dos precursores de toda cultura da humanidade.
    No teor deste “blog”, ensina também, que o negro, além de sua sociabilidade, é símbolo de luta política no processo de conquista do exercício da democracia plena e na conquista de Direitos Civis e, em especial,Humanísticos.
    O negro, irmanado com o português e o índio, construíram essa imensa nação. Vieram de longe, porém, próximos da verdade mundial, se encontram. Porque não dizer dentro da própria verdade! Que é a própria Verdade!
    Causou-me uma imensa satisfação de poder fazer parte dessa história verdadeira, cultural, pois tal trabalho será recomendado para leitura, a todos: aos mais humildes, tecnocratas e até para os eruditos e ao poder político.
    Provocou um desejo da minha participação e me senti lisonjeado por poder participar de um trabalho importante e salutar. Agora, sugiro, depois de ter a certeza da crucialidade de tal “blog”, que outras autoridades devem ler e apreciar o conteúdo emanado do escritor, para que sirva de referência, podendo, assim, emitir também a sua opinião.

    Dr. E. Elias de Oliveira - Advogado pós-graduado em Direito de Família e Criminal. Defendeu a tese em sua Faculdade “Crimes Contra a Liberdade Individual”. Especialização em Direito Agrário. Ex-membro do Conselho dos Recursos Humanos da OAB/DF.

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  4. Caro Waldimiro,
    Parabéns pela sua luta que finalmente começa a ser entendida pelos ascetas brancos que, até então, acreditavam que eram os donos da civilização.
    Quando descobriram que a civilização egípcia era, em sua maioria negra e ainda dirigida por negros, os valores atribuídos pelos brancos aos negros, passaram do repúdio ao respeito, pois se perguntavam que povos negros eram esses que construiam pirâmides que tocavam os céus e reverenciavam o sol e a lua?.Que tecnologias constutivas eram essas deixadas por eles que assombravam e ainda assobram o mundo branco?
    O mistério e a energia do negro tem um braço de suas raízes nesses monumentos do Egito, calcados numa África misteriosa que tem uma cultura própia, que pra ser entendida, faz-se necessário conhecer a cultura de todos os negros que nela vivem, que é tão fertil que, de sobra, a exportaram para esse outro lado do Atlântico, a América e, particularmente, para este país chamado Brasil.
    Portanto, o Brasil é o que é graças aos negros que aqui adaptaram suas raízes e implantaram suas culturas.
    A formação do Brasil deve muito a vocês e isso tem que ser reconhecido.
    É isso aí.


    ANTONIO CARLOS GOMES DE OLIVEIRA
    ARQUITETO/OEAA

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  5. A semana passada representou um marco na luta quilombola brasileira. Durante os dias 24 e 25 de setembro, estiveram mobilizados cerca de 600 quilombolas de todas as regioes do pais. Todas essas liderancas abordaram suas situacoes de conflito, de luta e de resistencia, e exigiram do poder publico seus direitos.
    No dia 24, responderam aos varios questionamentos das liderancas quilombolas representantes do MPF, SEPPIR, INCRA, MDA, AGU, Camara dos Deputados. No dia 25, houve um ato em defesa dos direitos quilombolas, com a presenca do presidente da Camara, Arlindo Chinaglia, dos deputados da Frente em Defesa da Igualdade Racial, da Frente Quilombola, alem da Ministra Matilde Ribeiro. A mobilizacao quilombola foi coordenada pela CONAQ (Coord. Nacional de quilombos).

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  6. A fábula da idade de ouro saudades da profecias do padre Jõao Bosco, a pujança de uma capital que se destacaria no terceiro milênio ocupando um espaço de grandeza sem rival transcende do mundo urbano para ganhar forma na natureza pródiga em surpresas. Ampliando os horizontes do turismo, soma-se ao trabalho de uma sociedade modelada pelo otimismo para mudar o destino de uma região antes esquecida.
    Embora o sonho de Dom Bosco de prosperidade ouve a exclusão social, o aumento de favela e de pobreza e favela. O executivo federal, estadual e municipal não entenderam o sonho de Dom Bosco e não cumpriram a função de governar, como manda a constituição, que todo mundo é igual perante a lei. Espero que o presidente Lula leia esse apelo de uma jovem estudante do Colégio Dom Bosco.tratativas, de um tão memorável filho.

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  7. Nobre irmão Valdimiro,
    O seu texto neste blog não me surpreende porque conheço sua sabedoria mas renova minhas convicções de que somos um povo forte e talentoso. O que falta a este povo é oportunidade de realizar em igualdade de condições. Porém, não obstante essa dificuldade imposta, no dia de anteontem tivemos a glória de ver o primeiro negro tornar-se campeão de Fórmula 1, O inglês Lewis Hamilton apenas e tão somente na segunda temporada de participação no seleto mundo da F1. O Hamilton foi muito Massa mesmo!... E hoje, concedida mais uma oportunidade ao povo negro, temos a enorme chance de eleger um presidente norte-americano negro. Lembremos que é o feito da maior nação do mundo.
    O maior jogador de futebold e todos so tempos é brasileiro e chama-se Pelé. Temos o Milton Santos, o grande Geógrafo brasileiro. É questão de oportunidade de fazer acontecer.
    Não temos que estar muito preocupados com as conjunturas e estruturas montadas para nos inviabilizar, ontem bem piores que hoje, principalemtne se considerarmos as iniciativas do governo Lula, nesse mister.
    Seja como for, meu caro Valdimiro, deixo aqui uma afirmaçao de positivismo cunhada por mim: "Não importam os conceitos ou preconceitos... eu sou definição!"
    Com essa convicção e segurança vamos nós trilhando as trilhas do combalido infortúnio que os anos de escravidão nos impuseram e vamos vencendo etapas nos exemplificando no exemplo que os rios nos dão "ao vencerem seus obstáculos para atingir o curso desejado". O negro tem, além da sabedoria, intuição e esperança, a tenacidade imprescindível para vencer mesmo cansado do suor da luta ingente que empreende no cotidiano.
    Um grande axé!
    Joel de Oliveira
    Brasília/DF

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  8. negrodefinição disse...

    FIZ UMA BREVE REVISÃO DO TEXTO ANTERIOR

    Nobre irmão Valdimiro,
    O seu texto neste blog não me surpreende porque conheço sua sabedoria mas renova minhas convicções de que somos um povo forte e talentoso. O que falta a este povo é oportunidade de realizar em igualdade de condições. Porém, não obstante essa dificuldade imposta, no dia de anteontem tivemos a glória de ver o primeiro negro tornar-se campeão de Fórmula 1, O inglês Lewis Hamilton apenas e tão somente na segunda temporada de participação no seleto mundo da F1. O Hamilton foi muito Massa mesmo!... E hoje, concedida mais uma oportunidade ao povo negro, temos a enorme chance de eleger um presidente norte-americano negro. Lembremos que será um feito da maior nação do mundo.
    O maior jogador de futebold e todos so tempos é brasileiro e chama-se Pelé. Temos o Milton Santos, o grande Geógrafo brasileiro. É questão de oportunidade de fazer acontecer.
    Não temos que estar muito preocupados com as conjunturas e estruturas montadas para nos inviabilizar, ontem bem piores que hoje, principalmente se considerarmos as iniciativas e as ações afirmativas do governo Lula, nesse mister.
    Seja como for, meu caro Valdimiro, deixo aqui uma afirmaçao positivista cunhada por mim: "Não importam os conceitos ou preconceitos... eu sou definição!"
    Com essa convicção e segurança vamos nós trilhando as trilhas do combalido infortúnio que os anos de escravidão nos impuseram e vamos vencendo etapas nos mirando no exemplo que os rios nos dão "ao vencerem seus obstáculos para atingir o curso desejado". O negro tem, além da sabedoria, intuição e esperança, a tenacidade imprescindível para vencer mesmo cansado do suor da luta ingente que empreende no cotidiano.
    Ao final de tudo isso esateremos promovendo a isonomia entre todos os cidadãos do mundo em todas as vertentes porque não quereremos pagar o mal que sofremos com o mal que nos fizeram.
    Zumbi dos Palmares vive!!!
    Um grande axé!
    Joel de Oliveira
    Brasília/DF

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  9. Blogger negrodefinição disse...

    negrodefinição disse...

    FIZ UMA BREVE REVISÃO DO TEXTO ANTERIOR

    Nobre irmão Valdimiro,
    O seu texto neste blog não me surpreende porque conheço sua sabedoria mas renova minhas convicções de que somos um povo forte e talentoso. O que falta a este povo é oportunidade de realizar em igualdade de condições. Porém, não obstante essa dificuldade imposta, no dia de anteontem tivemos a glória de ver o primeiro negro tornar-se campeão de Fórmula 1, O inglês Lewis Hamilton apenas e tão somente na segunda temporada de participação no seleto mundo da F1. O Hamilton foi muito Massa mesmo!... E hoje, concedida mais uma oportunidade ao povo negro, temos a enorme chance de eleger um presidente norte-americano negro. Lembremos que será um feito da maior nação do mundo.
    O maior jogador de futebold e todos so tempos é brasileiro e chama-se Pelé. Temos o Milton Santos, o grande Geógrafo brasileiro. É questão de oportunidade de fazer acontecer.
    Não temos que estar muito preocupados com as conjunturas e estruturas montadas para nos inviabilizar, ontem bem piores que hoje, principalmente se considerarmos as iniciativas e as ações afirmativas do governo Lula, nesse mister.
    Seja como for, meu caro Valdimiro, deixo aqui uma afirmaçao positivista cunhada por mim: "Não importam os conceitos ou preconceitos... eu sou definição!"
    Com essa convicção e segurança vamos nós trilhando as trilhas do combalido infortúnio que os anos de escravidão nos impuseram e vamos vencendo etapas nos mirando no exemplo que os rios nos dão "ao vencerem seus obstáculos para atingir o curso desejado". O negro tem, além da sabedoria, intuição e esperança, a tenacidade imprescindível para vencer mesmo cansado do suor da luta ingente que empreende no cotidiano.
    Ao final de tudo isso esateremos promovendo a isonomia entre todos os cidadãos do mundo em todas as vertentes porque não quereremos pagar o mal que sofremos com o mal que nos fizeram.
    Zumbi dos Palmares vive!!!
    Um grande axé!
    Joel de Oliveira
    Brasília/DF

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  10. Estou contente de interagir o trabalho do senador Cristovam Buarque e o comentário da USP nesse blog. Assim sendo interagindo com os demais comentários. Com o trabalho do professor, cientista, pesquisador, humanista e geógrafo Milton Santos

    Homenagem a Milton Santos
    quinta-feira, 25 de junho de 2009
    Por Gabriel
    O Blog do Cristovam presta homenagem ao geógrafo Milton Santos que faleceu há oito anos no dia 24 de junho de 2001. Apesar de ter se graduado em Direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da Geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970.
    A obra O espaço dividido, de 1979, é hoje considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos. As idéias de Milton Santos sobre globalização, esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento – conceitos depois desenvolvidos por outros.
    Por uma Outra Globalização, livro escrito por Milton Santos dois anos antes de morrer, é referência hoje em cursos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras. Traz uma abordagem crítica sobre o processo perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um pensamento único. Na visão dele, esse processo, da forma como está configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massifica e padroniza a cultura e concentra a riqueza nas mãos de poucos.
    Fonte: Wikipedia com adaptações.

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  11. Jorge Luiz Lucas de Paiva pedagogo formado pela UDF e mestrando da UNB – consultor espeicalista em elaboração de projetos.

    Grande amigo e Professor e Senador Cristovam. Interagindo com a obra de Milton Santos.

    IEB recebe acervo de Milton Santos e realiza seminário para discutir ideias do geógrafo

    Luiza Caires / USP Online
    lucaires@usp.br

    Marcando a chegada em seu acervo do arquivo pessoal e biblioteca do geógrafo Milton Santos, professor da USP morto em 2001, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP realiza, de terça (16) a quinta-feira (18), um seminário para discutir o pensamento deste que foi o mais notável intelectual a pensar questões relacionadas ao espaço territorial no Brasil.

    Para Mónica Arroyo, professora do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e uma das organizadoras do seminário, a chegada do material enriquece o patrimônio do IEB, reforçando a tradição do local de ser um acervo da intelectualidade brasileira.

    O arquivo do professor inclui documentos diversos, notas de leitura, esquemas de aula, e artigos de diferentes autores por ele lidos e divididos em grandes temas que foram o eixo de suas pesquisas: espaço, globalização; divisão do trabalho; função, forma e processo; técnica; tempo, entre outros. A biblioteca dispõe de livros e revistas que contemplam as áreas das humanidades abordadas pelo geógrafo, conhecido pela interdisciplinaridade: filosofia, história, sociologia e economia, além da própria geografia.

    Essa multiplicidade está presente também na organização das mesas do seminário, cujos títulos fazem referência às categorias com as quais Milton Santos trabalhou em diferentes momentos de sua obra. Entre os temas discutidos por estudiosos da USP e de outras universidades estão: “O território usado e a perversidade da crise”; “Formações socioespaciais do Terceiro Mundo: qual é hoje o desafio?”; “O Meio Técnico Científico Informacional: a cara geográfica da globalização”; “O espaço dividido nas cidades do século XXI”; e “A força do lugar: na encruzilhada das verticalidades e horizontalidades”.

    Desta maneira, o público-alvo do evento vai desde geógrafos propriamente ditos até urbanistas, economistas, sanitaristas, educadores, comunicadores e quaisquer interessados na questão do território e do espaço.

    Milton Santos hoje
    Alguns dos palestrantes, entre eles a própria professora Mónica, foram alunos de Santos, e em seus estudos de aspectos específicos da obra do professor, todos tentam aproveitar os aspectos estruturais de sociedade e espaço por ele revelados, e que ainda se mantêm. Mas, ao mesmo tempo, procuram desdobrar as categorias propostas pelo geógrafo em outras, atualizando, conforme explica a professora, o pensamento de um autor que ainda tem muitas nuances a serem exploradas.

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  12. Continuação...

    Como exemplo desta característica, Mónica cita o livro O espaço divido, publicado na década de 1970 – primeiramente na França, onde Milton Santos também lecionou – e que até hoje é referência para explicar como se estruturam economicamente as cidades em países do terceiro mundo, mostrando que o circuito superior (indústrias e grandes empresas) e inferior (pequenos e/ou informais comércios e serviços) se relacionam, compondo uma totalidade na economia urbana.

    Finalmente, a professora destaca a importância do evento como a continuidade de um esforço permanente de Milton Santos para a construção de um pensamento latino-americano original, que ofereça ao mundo sua própria interpretação dos fenômenos.

    Serviço
    O seminário Milton Santos é gratuito, aberto a todos os interessados, e terá sua abertura, no próprio IEB, na terça-feira (16) às 18 horas.

    É solicitada inscrição prévia pelo email difusieb@usp.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. . Devem ser informados o nome completo, a formação, o vínculo institucional (se houver) e email para contato. Participantes que tiverem 80% de frequência receberão certificado.

    O IEB fica na Av. Prof. Mello Moraes, travessa 8, 140, Cidade Universitária, São Paulo.

    Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3091-1149, email difusieb@usp.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. , ou site http://www.ieb.usp.br.

    #257

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  13. José Cândido dos Santos,Sergipano de Estância, Radicado desde os 13 anos de idade no Estado de São Paulo, Residente em Jaú-SP, Região Canavieira. Sou negro, Tecnólogo Inventor de Novas Tecnologias Ambientais. Criador do MDF a partir da biomassa do papelão,e do MDF da folha da cana na construção de placas para fabricação de móveis e telhas, etc. Parabéns pela iniciativa do "Colóquio Milton Santos .3" Iniciativa da UFBA, quando o poder civil conquista um processo eleitoral expressado pela soberana vontade popular, A Universidade da Bahia sabiamente convoca a inteligência brasileira para contribuir nas quatro propostas para escrever 16.000 caracteres Grupos de Trabalho:
    1. Políticas públicas orientadas à Cultura;
    2. Transformações do espaço geográfico;
    3. Novas tecnologias e sociabilidade;
    4. Sou camelô, sou do mercado informal.
    Para tanto preciso de parcerias das Universidades, do Banco BNDES, da Caixa, do Banco do Brasil e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Meu e-mail para contato: valeverdedejahu@hotmail.com.

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  14. 1
    Feliz Ano Novo Familia Afrobrasileira

    QUILOMBO O.N.N. Q 20/11/1970 -- 2010/ 40 ANOS Revolução Quilombolivariana! REQBRA
    NEGROS AFRO-DECENDENTES BRASILEIROS
    VIVA ZUMBI! BRASIL! VENCEREMOS 2011!
    Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial,é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo este afro-ameríndio descendente vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosas quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.Movimento Revolucionário Socialista (Seja um,uma) QUILOMBOLIVARIANO
    O maior blog de Chávez e Chavista das Américas
    vivachavezviva.blogspot.com ** QUILOMBONNQ@BOL.COM.BR
    Organização Negra Nacional Quilombo
    O.N.N.Q. Brasil .Fundação 20/11/1970
    Por Secretário Geral Antonio Jesus Silva

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  15. 2
    Feliz Ano Novo Familia Afrobrasileira

    QUILOMBO O.N.N. Q 20/11/1970 -- 2010/ 40 ANOS Revolução Quilombolivariana! REQBRA
    NEGROS AFRO-DECENDENTES BRASILEIROS

    Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direitos e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder Zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construídor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar as histórias dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Oswaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Argentina, Boliviana, Peruana, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma, não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução
    Quilombolivariana e bradaram Vivas! a Simon Bolívar Viva! Zumbi!Tupac Amaru!Benkos BiojoS!Negra Hipólita! Sepé Tiaraju Alicutan!Sabino! Elesbão!Luis Gama,Lima Barreto,Cosme Bento! José Leonardo Chirinos !Antônio Ruiz,El Falucho! João Grande e Pajeú ,João Candido! Almirante Negro!Patrice Lumumba!Viva Che! Viva Martin Luther King!Malcolm X!Viva Oswaldão Viva! Mandela Viva!Luiz I.Lula da Silva, Viva! Chávez, Vivas! a Evo Ayma!Rafael Correa! Fernando Lugo!José Mujica(El Pepe)! Viva! a União dos Povos Latinos afro-ameríndios,! 1º de maio,
    Viva Dilma!Os Trabalhadores do Brasil e de todos os povos irmanados.
    Movimento Revolucionário Socialista (Seja um,uma) QUILOMBOLIVARIANO
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    vivachavezviva.blogspot.com ** QUILOMBONNQ@BOL.COM.BR
    Organização Negra Nacional Quilombo
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    Por Secretário Geral Antonio Jesus Silva

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  16. Revivendo a história:
    Laélia de Alcântara elegeu-se suplente do Senador Adalberto Sena na legenda do MDB. Exerceu o mandato de 03/04/1981 a 29/07/1981 no lugar do titular. Com o falecimento do Senador Adalberto Sena, assumiu a titularidade até 31/01/1983, completando o mandato. Foi a primeira Senadora negra da história desse país. Quando Laélia veio assumir o mandato por 120 dias do titular, uma comissão de negros(diplomatas africanos e americanos e brasileiros) vieram recebê-la no aeroporto, no qual havia a presença de Leo Tigre, que havia criado em Brasília no Núcleo Bandeirante a Casa da Mãe Preta em 1959, que servia para acolher crianças abandonadas ou com famílias sem condições de dar apoio aos filhos. Leo foi eleita pela Nações Unidas (ONU) mãe do Brasil. E também a diretora da Casa Thomas Jefferson em Brasília Barbara Escarlet, que era negra, na qual a Senadora foi recepcionada por essas duas mulheres negras com buque de flores das quais cada uma delas trazia como presente que simbolizava o símbolo da natureza divina da mulher e da sua capacidade de gestora, como mãe, política, médica, professora, como cientista e etc. Naquele momento as 3 mulheres citadas acima simbolizavam isso. Laélia formou-se em medicina no Rio de Janeiro e quis exercer a condição de médica na Bahia, porém não foi aceita, indo então para a Amazônia no Estado do Acre, onde se dedicou a medicina na floresta amazônica durante 50 anos. Foi exemplo da medicina solidária para o Brasil e o Continente Americano, porque infelizmente as maiorias dos medicos ao se formarem nas capitais do país não querem trabalhar nas cidades do interior, portando a Senadora mostrou que as mulheres foram sempre grandes guerreiras e, todavia provocou uma curiosidade das federações da indústria, do comercio e algumas universidades sobre o conceito da aplicação da medicina preventiva na Amazônia. Foi esse belo legado deixado por ela como política, como médica e como cientista para os afros descendentes.

    Brasília 19 de Setembro de 2011.

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  17. O negro a partir da sua posição no cosmos a história,às ciência, a filosofia e todas às demais províncias do saber humano nos últimos dois mil anos no ocidente "ignoram"às diversas formas de conhecimento e de cultura existentes na

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  18. eu quero a vida do negro no segundo reinado

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